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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Graffiti


Com seus sprays, estênceis e idéias, os grafiteiros podem ser o terror ou a alegria da paisagem urbana. Desde que se constituiu como arte jovem nos anos 60, a forma contemporânea do grafite tem alimentado polêmicas. Ele, que nasceu clandestino e perseguido, conquistou espaços, aceitação e reconhecimento artístico ao longo das décadas. A ponto de em 2007 quatro jovens artistas brasileiros receberem a tarefa de grafitar os muros externos do castelo de Kelburn, uma histórica construção do século 13, em Ayrshire, na Escócia [fonte: BBC Brasil]. Além disso, no mesmo ano, em um leilão na Sotheby’s, em Nova Iorque, um quadro do ex-grafiteiro Jean-Michel Basquiat atingiu o valor de US$14,6 milhões [fonte: The New York Times]. Fatos como esses provam a consagração da arte do grafite, mas não a tiram da condição de marginal e ilegal na maior parte das situações.
O grafite dos dias atuais nasceu como arte de rua e de protesto no final dos anos 60, chegou às galerias de arte na década de 80 e tornou-se um patrimônio valioso no novo milênio. Mas muito antes disso, ele já era uma das expressões artísticas da humanidade. Ele fez parte da arte rupestre dos tempos das cavernas e das expressões populares no Império Romano. Já a versão de grafite atual é uma das heranças estética e ideológica da Pop Arte e começou a surgir no fim da década de 60 e começo da de 70 nas ruas da Filadélfia e de Nova Iorque. Muros públicos, fachadas de edifícios e trens do metrô viraram espaço de disputa entre adolescentes que queriam deixar suas marcas nas cidades ou expressar sua insatisfação com a sociedade a sua volta. O que começou como simples assinaturas, consideradas pichações e vistas como ato de vandalismo, evoluiu para pinturas gigantescas, algumas vezes incentivadas pelo poder público, que tornam a paisagem urbana colorida.
Produto da cultura jovem, a arte do grafite associou-se à música, principalmente ao hip-hop. Por conta disso, várias capas de discos acabaram sendo criadas por grafiteiros e muitos dos grafites urbanos foram inspirados nas canções do gênero.
Nas últimas décadas, ele consolidou-se como uma parte importante da cultura pop e, principalmente, após o reconhecimento do talento e da qualidade dos grafites feitos por Jean-Michel Basquiat, vários outros grafiteiros ganharam espaço em galerias de arte e exposições no mundo inteiro. Mas há ainda muita polêmica. Em importantes centros urbanos, várias medidas legais foram adotadas para se combater a ação de grafiteiros, consideradas como vandalismo. Também, tintas anti-pichação e outros sistemas de proteção têm sido inventados para inibir essa prática. Sinais de que a arte do grafite está ainda longe de ser uma unanimidade.
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Daqui:
How stuff works?

Um comentário:

Anne Lieri disse...

Sensacionais esses grafites!Isso é arte,não vandalismo e gosto muito!Adorei seu texto tb!bJS,

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