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quarta-feira, 7 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher


Todos sabem que o preconceito é um marco presente na vida da humanidade e a mulher não ficou de fora, em razão dele sofreu grandes perdas.

Ao longo da história, as mulheres estiveram sempre subjugadas às vontades dos homens, a trabalhar como serviçais, sem receber nada pelo seu trabalho ou então ganhavam um salário injusto, que não dava para sustentar sua família.

Em razão desses e tantos outros modos de discriminação, as mulheres se uniram para buscar maior respeito aos seus direitos, ao seu trabalho e à sua vida.

A discriminação era tão grande e séria que chegou ao ponto de operárias de uma fábrica têxtil serem queimadas vivas, presas à fábrica em que trabalhavam (em Nova Iorque) após uma manifestação onde reivindicavam melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária de 16 para 10 horas diárias, salários iguais aos dos homens – que chegavam a ganhar três vezes mais no exercício da mesma função.

Porém, em 8 de março de 1910, aconteceu na Dinamarca uma conferência internacional feminina, onde assuntos de interesse das mulheres foram discutidos, além de decidirem que a data seria uma homenagem àquelas mortas carbonizadas.

No governo do presidente Getúlio Vargas as coisas no Brasil tomaram outro rumo. Com a reforma da constituição, acontecida em 1932, as mulheres brasileiras ganharam os mesmos direitos trabalhistas que os homens, conquistaram o direito ao voto e a cargos políticos do executivo e do legislativo.

Ainda em nosso país, há poucos anos, foi aprovada a Lei Maria da Penha, como resultado da grande luta pelos direitos da mulher, garantindo bons tratos dentro de casa, para que não sejam mais espancadas por seus companheiros ou que sirvam como escravas sexuais deles.

Mas a mulher não desiste de lutar pelo seu crescimento, o dia 8 de março não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas um dia para se firmarem discussões que visem à diminuição do preconceito, onde são discutidos assuntos que tratam da importância do papel da mulher diante da sociedade, trazendo sua importância para uma vida mais justa em todo o mundo.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia



Situação da Mulher na Idade Média

Ao falar sobre a situação da mulher no passado, muitos empreendem um discurso linear em que muitos fatos, experiências e valores históricos são simplesmente deixados para trás. Não raro, as mulheres têm o signo da submissão reservado a uma leitura equivocada, em que a suposta e recente libertação feminina tem seu valor fortalecido por essa interpretação negativa. No caso da Idade Média, ainda tida como o tempo das “trevas”, temos a impressão de que a religiosidade aparecia para reforçar ainda mais esse tipo de leitura superficial.

Nos fins da Antiguidade, a figura da mulher era colocada em muitas situações de superioridade em relação à população masculina. Em muitas culturas, a mulher era vista como um ser especialmente capaz de realizar certos encantamentos e receber favor das divindades. Sob o olhar do próprio Cristianismo primitivo, vemos que os relatos sobre Jesus Cristo reforçam a ideia de que o Messias valorizava imensamente a participação feminina em importantes eventos e que seu lugar não poderia ser desconsiderado.

Durante a propagação do Cristianismo, essa aura mágica e poderosa do feminino foi combatida por diversos clérigos que reafirmavam a igualdade entre homens e mulheres. Em termos gerais, tomando os gêneros como criaturas provenientes de uma mesma divindade, a suposta superioridade feminina era vista como uma falsidade que ia contra a ação divina. Com isso, o antigo discurso o qual a Igreja apenas detraiu a mulher, não correspondia às primeiras formulações que pensavam o lugar do feminino.

Na medida em que o celibato se tornou uma das exigências mais importantes da organização hierárquica da Igreja, notamos que a desvalorização feminina se põe como estratégia de manutenção da organização eclesiástica. Eva, vista como a grande responsável pelo pecado original, é uma das justificativas que aproximavam a mulher do pecado. Do mesmo modo, era a mulher que pedira a cabeça de São João Batista e que descobriu o segredo de Sansão e o entregou para a sua humilhante morte.

Contudo, já na Baixa Idade Média, vemos que esse processo de desvalorização, sedimentado pela Primeira Mulher, se transformava com a visão da Virgem Maria como um meio de renovação. Encarando diversos desafios em prol do jovem salvador, essa mulher determinava a constituição de outro olhar sobre o feminino. Não por acaso, vemos que o culto mariano, a canonização de mulheres e a reclusão nos conventos se elevam significativamente com esse tipo de reinterpretação.

Tendo em vista a condição demasiadamente sagrada da Virgem Santa, a figura de Maria Madalena também era colocada como uma possibilidade mais acessível aos cristãos daquela época. A mulher poderia se arrepender dos seus pecados e, desse modo, se firmar como uma figura positiva. De fato, vemos que a suposta reclusão feminina não correspondia à existência de algumas mulheres intelectualizadas e independentes que circularam durante a Idade Média.

Sendo um período histórico tão extenso, não teríamos condições próprias de abarcar todas as possibilidades de constituição da imagem feminina nesse tempo. Contudo, por meio dessa breve consideração, notamos que as mulheres assumiram papéis que extrapolaram os antigos preconceitos ainda reservados ao medievo. Sem dúvida, as mulheres medievais são muitas, variadas e dinâmicas, como as manifestações do tempo em que viveram.


Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola



A Importância da Mulher na Sociedade

Enfrentando diversas discriminações e adaptações em relação aos “afazeres puramente femininos”, como cuidar de casa e da família, a mulher conseguiu superar suas dificuldades e ainda administrar seu tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais. A mulher ainda é alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam que “lugar de mulher é no fogão” e por isso enfrenta o grande desafio de mostrar que apesar de frágil é ainda forte, ousada e firme na tomada de decisões, quando necessário.

A mulher tem marcado as últimas décadas mostrando que competência no trabalho também é um grande marco feminino. Apesar de ser taxada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição. A fragilidade da mulher, ou melhor, a sensibilidade da mulher, tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, pois, como se sabe, o mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas. A mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada indivíduo e a importância da mudança de cada um.

O avanço feminino frente à política e à economia ainda mostra a força da mulher em perceber e apontar os problemas tendo sempre boas formas de resolvê-los assim como os indivíduos do sexo masculino, o que evidencia o erro de descriminar e diminuir o sexo feminino privando-o a apenas poucas tarefas (domésticas).

A realidade do crescimento do espaço feminino tem sido percebida pela participação da mulher em diferentes áreas da sociedade que lhe conferem direitos sociais, políticos e econômicos, assim como os indivíduos do sexo oposto.

Por Gabriela Cabral



A Mulher Moderna

Mas, convenhamos, isso tudo é dor de cotovelos. Pascal afirmava que a grandeza do homem está em saber que um dia morrerá. Pois eu descobri que a grandeza humana está em se permitir sentir o sopro da vida. E este é um gesto feminino.

Fomos ensinados a ser duros, viris, machos. Não nos prepararam para o choro e a insegurança como fatores de crescimento e humanização. Convenceram-nos que tais sintomas caracterizavam a fraqueza, num mundo em que ser fraco não constitui qualidade, mas defeito.

Não é raro, depararmos com notícias de mulheres que se submeteram à cirurgias arriscadas e tratamentos igualmente perigosos em busca de um ideal de beleza. Essa hoje tão popular modalidade médica já produziu muitas aberrações. Isso, por que o universo masculino, sempre baseado nas crenças sobre o amor e a morte, fez do corpo feminino o campo de batalha entre Eros e Tanatos, entre desejo e destruição. Passiva e cativa, como no romantismo, ou dominante e devoradora como foram tempos depois para os artistas simbolistas e decadentes, que passaram de sádicos a masoquistas. A mulher européia não conseguia superar o estado de “boneca”.

Sabe-se que dessas feridas do imaginário masculino, o corpo feminino ainda não se recobrou, e no campo do erotismo, vive a jogar nessa posição psicanalítica de objeto de desejo. Freud explicou o desejo erótico a partir da pulsão da morte. O desejo era sempre enigmático, algo que através do fetichismo tentamos velar. Décadas depois, Lacan acrescentou a isso, que o fetichismo produz uma imagem que excita, ao mesmo tempo em que esconde a causa do desejo. E a causa guardaria relação com as crenças do próprio corpo.

O que quero dizer com tudo isso, é que a mulher dita moderna, perdeu sua identidade. Ela não mais é um ser que nasce e se desenvolve, mas sim um ser criado segundo seus “próprios” ideais, ideais esses, obtidos na mídia e na sociedade de consumo. As novas tecnologias transformaram a forma de construir à realidade de cada um. Não se tem mais acesso direto à própria imagem, pois as identidades são construídas a partir da mídia, e toda a relação do “espectador” com a obra ocorre através de uma interface (um meio tecnológico), e pasmo concluo: o acesso à própria imagem é sempre mediatizado.

Tenho amigas que falam três, quatro idiomas, mas são incapazes de conversar com os próprios filhos. Muitas que na ânsia de uma suposta igualdade entre os sexos, masculinizaram-se. Acharam que para trabalhar com os homens ou no lugar dos homens, precisavam ser como homens, mas não perceberam que o que as dava vantagem eram justamente suas diferenças.

O mundo nos mostra hoje que a feminilidade é a saída generosa para a crise que o poder masculino construiu. E que destrói o planeta e seus habitantes.

Cito abaixo o trecho de um texto que recebi por e-mail, atribuído a Rita Lee, mas que na verdade fora escrito por uma cearense chamada Heloneida Studart, este texto diz claramente o que espero para as mulheres no futuro, depois que essa onda de “mulher moderna” passar.

(...) Acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico, tão bem representado por pistolas, revólveres, punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é espada. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, dos exércitos regulares ou das gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos. É preciso voltar os olhos para a população feminina como grande articuladora da paz.

Você mulher, ainda se encaixa nesse perfil?

Por Antunes Weide
Colunista Brasil Escola


Daqui.

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